Pergunta: Foi a "semana" desconhecido na antiga América?

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Pergunta: Era o termo "semana" desconhecido na antiga América?

Algumas culturas do Novo Mundo possuíam uma semana de 7 dias

Críticos alegam que não havia um conceito de uma semana de 7 dias no Novo Mundo, e por essa razão, a referência do Livro de Mórmon a "semanas" é um anacronismo. De fato, algumas culturas do Novo Mundo possuíam uma semana de 7 dias.

Entretanto, o Livro de Mórmon não especifica suas "semanas" eram--Diferentes culturas variavam na duração de suas semanas. É também irracional esperar que uma civilização posterior do Novo Mundo reteria um calendário Nefita com implicações religiosas.

Ao pesquisar a possibilidade de que alguma civilização do Novo Mundo possuía uma semana de 7 dias, Helen Neuenswander concordou com Eric Thompson que isso provavelmente era o caso entre os Maias.[1] Tal imitação do padrão utilizado no Velho Mundo não é tão improvável como parece à primeira vista, considerando que o número "quatro" possui grande importância simbólica para muitas culturas do Novo Mundo. O mês lunar de 28 dias é facilmente dividido em quatro semanas de 7 dias cada, tornando tal unidade de contagem do tempo lógica.

O Novo Mundo utilizou múltiplos calendários, e frequentemente possuíam mais de um calendário em uso em uma determinada civilização. (Até mesmo em nossos dias Judeus e Mulçumanos possuem seus próprios calendários lunares, o qual utilizam para determinar períodos sagrados de tempo, ao passo que ainda utilizam e fazem referência ao calendário 'secular" solar.)

O Livro de Mórmon menciona semanas, mas não nos diz quantos dias elas continham. Apenas nossa própria parcialidade cultural nos conduz a acreditar que tais semanas possuíam 7 dias de duração. Mesmo que os crentes Nefitas tivessem utilizado um calendário de 7 dias por propósitos religiosos (provavelmente em união com outros calendários), isso por si só não é uma razão para insistir na ideia de que tal calendario deve ser conhecido ou amplamente utilizado em civilizações posteriores. Se já não mais havia uma razão cultural válida para contar o tempo dessa maneira, então tal calendário poderia facilmente cair em desuso.


Notas

  1. Helen Neuenswander, “Vestiges of Early Maya Time Concepts in Contemporary Maya (Cubulco Achi) Community: Implications for Community,” Estudios de Cultura Maya 13 (1981): 125–163.