Pergunta: O envolvimento de Martin Harris com os Shakers minar o seu testemunho?

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Pergunta: O envolvimento de Martin Harris com os Shakers prejudicou seu testemunho?

Nós não sabemos se os mórmons de Kirtland ouviram Martin Harris dizer isso, ou se eles o ouviram de segunda mão: A declaração não se encaixa nas outras numerosas declarações de Martin

Matthew Roper escreveu:

Como Anderson nota com razão: "Toda afiliação de Martin Harris foi com um tal grupo Mórmon, exceto quando ele aceitou algumas crenças dos Shakers, uma posição não necessariamente contrária ao seu testemunho do Livro de Mórmon porque a fundação daquele movimento era a aceitação da revelação pessoal de seres celestiais ".[1]

Richard L. Anderson discutiu o envolvimento de Martin com os Shakers e considerou-o um bom exemplo de como um problema aparente pode fortalecer o poder do depoimento de uma Testemunha:

Estudar um problema com uma testemunha do Livro de Mórmon geralmente levará a uma melhor compreensão da testemunha, é a situação com um relato de 1844: "Martin Harris é um firme crente no Shakerismo, diz que seu testemunho é maior do que o era do Livro de Mórmon.”[2] Estas palavras dita aos Doze por Phineas Young e outros é vaga, pois não sabemos se estes mórmons de Kirtland ouviram Martin Harris dizer isso, ou se o ouviram de segunda mão. Sua inclinação para Shakerismo é provavelmente exata, mas a formulação precisa de Harris é muito importante se alguém alega que ele testificou do Shakerismo ao invés do Livro de Mórmon. Esta leitura "ou-ou" do documento não se encaixa no resumo vitalício de Martin de todas as suas entrevistas: "ninguém jamais me ouviu negar a verdade do Livro de Mórmon, a ministração do anjo que me mostrou as placas.”[3] Por exemplo, ao mesmo tempo da carta acima de 1844, Edward Bunker encontrou Martin no Templo de Kirtland, visitou sua casa, "e ouviu-o dar seu testemunho da veracidade do Livro de Mórmon".[4] E seis meses depois Jeremiah Cooper viajou para Kirtland e visitou Martin Harris: "ele deu testemunho da veracidade do Livro de Mórmon.” [5]

A simpatia de Martin pelos Shakers terminou algum tempo antes de 1855, quando Thomas Colburn relatou sua atitude: "ele tentou os Shakers, mas não daria certo.”[6] Enquanto isso, Martin ficou intrigado com suas afirmações de revelação, apesar de certamente nunca ter adotado todas crenças dos Shakers, já que Shakers consumados renunciavam a vida de casado que Martin teve durante estes anos.[7] E também Shakers totalmente comprometidos viviam em comunidades como nas redondezas de North Union, enquanto que Martin permaneceu em Kirtland durante este período. Seu apelo estava em uma busca pentecostal pelo Espírito e ênfase na preparação para a vinda de Cristo. Quando Phineas Young mencionou a crença Shaker de Martin, um novo livro de origem Shaker estava circulando: "Um santo, sagrado rolo e livro, do Senhor Deus do Céu para os habitantes da Terra". Uma vez que alegava vir dos anjos para preparar o mundo para o Milênio, seria amplamente harmonioso com o compromisso de Martin Harris com o Livro de Mórmon, que em um sentido muito mais histórico e racional está comprometido com o mesmo objetivo. De fato, o movimento Shaker mais tarde tendeu a desmoronar o "Rolo Divino" como sendo produzido por um excesso de entusiasmo.[8]

Martin ainda dava prioridade ao seu testemunho do Livro de Mórmon

Anderson continua,

Não sabemos se Martin alguma vez aceitou este livro como verdadeiro, mas ele mostrou um como aquele para um visitante. Este ato não mostra crença naquele livro, uma vez que pode ter sido exibido como uma curiosidade, mas o seguinte registro no diário mostra que, mesmo se a literatura Shaker estivesse presente em 1850, Martin ainda dava prioridade ao seu testemunho do Livro de Mórmon: "Eu fui ver Martin Harris. Ele foi uma das 3 Testemunhas do Livro de Mórmon e disse que sabia que era verdadeiro, porque ele viu as placas e soube por si mesmo. Eu ouvi sua menina —ela tinha 7 anos. Eu li um pouco do que eles chamam Santo Rolo, mas nenhum Deus.”[9] Qualquer um que acompanha esta discussão pode logo ver que declarações autênticas das testemunhas do Livro de Mórmon são volumosas e sempre repetem a realidade de sua experiência. No entanto, o primeiro livro anti-Mórmon foi escrito em 1834 dentro de uma dúzia de milhas de suas residências e estabeleceu o precedente de não contatá-los, mas dedicando mais espaço para mostrar-lhes como sendo supersticiosos ou desonestos.[10] Isso se tornou uma fórmula: ignorar o testemunho e atacar a testemunha, o mesmo padrão dos tratamentos detalhados atuais. Esse método certamente caricaturará suas vítimas: comece com os piores nomes que alguém já os chamou, tome todas as acusações como apresentadas sem investigar, solidifique os erros como características de uma vida toda e ignore todas as realizações positivas ou julgamentos favoráveis de suas vidas. Tais métodos ruins produzirão, inevitavelmente, homens maus no papel. O único problema com este tratamento é que ele engana o consumidor —parece investigar a personalidade sem realmente fazê-lo.[11]


Notas

  1. Richard Lloyd Anderson, Investigating the Book of Mormon Witnesses (Salt Lake City: Deseret Book Company, 1981), 111. ISBN 0877478465.
  2. Phineas Young et al. to "Beloved Brethren" who in the last of the letter are defined as "our brethren, the Twelve," Dec. 31, 1844, Kirtland, Ohio.
  3. Martin Harris, Sr., to H. Emerson, Jan., 1871, Smithfield, Utah, cit. True Latter Day Saints' Herald 22 (1875: 630.
  4. Edward Bunker, Autobiography, manuscript, p. 3.
  5. Jeremiah Cooper to E. Robinson, Sept. 3, 1845, cit. Messenger and Advocate of the Church of Christ 1 (1845): 319.
  6. Thomas Colburn to Elder Snow, May 2, 1855, cit. St. Louis Luminary, May 5, 1855.
  7. Martin remarried Caroline Young before his estrangement from the Church and had children in the years 1838, 1842, 1845, 1849, 1854, and 1856.
  8. For a survey of the rise and fall of the 1843 "Divine Roll," see Charles Nordhoff, Communistic Societies of the United States (New York, 1874), pp. 245-50.
  9. James Willard Bay, Journal, Nov. 23, 1850, p. 27.
  10. Eber D. Howe, Mormonism Unvailed (Painesville, OH, 1834), 96-99. (Affidavits examined)
  11. Richard Lloyd Anderson, Investigating the Book of Mormon Witnesses (Salt Lake City: Deseret Book Company, 1981), 169-170. ISBN 0877478465.