O Livro de Mórmon/Acusações de plágio/Bíblia King James

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The Book of Mormon contains passages from the King James Bible


  NEEDS TRANSLATION  



O Livro de Mórmon plagia a Bíblia da versão do Rei Jaime?

O Livro de Mórmon imita a linguagem e o estilo da Bíblia do Rei Jaime, porque foi o estilo bíblico com que Joseph Smith, o tradutor do Livro de Mórmon, estava familiarizado

Críticos do Livro de Mórmon afirmam que grandes porções dele são copiadas, sem referenciar, a partir da Bíblia. Eles apresentam isso como evidência de que Joseph Smith escreveu o Livro de Mórmon por meio de plágio da Versão Autorizada do Rei Jaime ("King James") da Bíblia.

Citações da Bíblia no Livro de Mórmon são simplesmente citações não referenciadas de profetas do Velho Testamento sobre as placas de latão, semelhante a muitas citações do Velho Testamento citadas no Novo Testamento sem dada a fonte; outras são simplesmente a formulação de frases semelhantes a frases da Bíblia que Joseph Smith utilizou durante a sua tradução.

Os críticos também deixam de mencionar que, mesmo que todas as passagens bíblicas fossem removidas do Livro de Mórmon, ainda haveria uma grande quantidade de texto remanescente. Joseph Smith foi capaz de produzir longos e complicados textos religiosos sem usar a Bíblia; se ele estivesse tentando enganar as pessoas, por que ele "plagiaria" a partir de um livro — no caso A Bíblia — que seus leitores com certeza reconheceriam?


Pergunta: Foram as passagens de Isaías no Livro de Mórmon simplesmente plágio da Bíblia do Rei Jaime?

Néfi e Jacó geralmente deixam claro quando eles estão citando Isaías

Se um cristão está fazendo uma acusação de plágio, então eles estão, pela mesma lógica, acusando a Bíblia que eles compartilham conosco. Um exame mais aprofundado do Velho Testamento revela muitas passagens que são copiadas palavra por palavra, incluindo erros gramaticais. Miquéias, que viveu centenas de anos depois de Isaías, em Miquéias 4:1-3 copiou palavra por palavra da profecia de Isaías em Isaías 2:2-4, sem uma vez dar-lhe crédito [1] Também encontramos a genealogia de Gênesis 5:10-11,36 repetida em 1º Crônicas; muito da história de Samuel e Reis é repetido em Crônicas; e Isaías 36:2 até Isaías 38:5 é o mesmo que está escrito em 2 Reis 18:17 até 2 Reis 20:6.

Embora as escrituras do Velho Testamento tenham muitas vezes sido citadas por escritores do Velho e do Novo Testamento sem referenciação, Néfi e Jacó geralmente deixam claro quando eles estão citando Isaías. Na verdade, grande parte de 2 Néfi pode ser visto como um comentário de Isaías. Claro, Néfi e Jacó não especificam capítulo e versículo, porque estas são adições modernas para o texto (como Joseph Smith de alguma forma sabia). É irônico que os críticos do Livro de Mórmon o condenem por seu “plágio”, embora seus autores normalmente mencionem suas fontes, enquanto não condenam os autores da Bíblia quando não o fazem.

Finalmente, é óbvio que o uso da linguagem bíblica para passagens partilhadas pela Bíblia e pelo Livro de Mórmon permitem destacar no Livro de Mórmon as áreas em que os textos originais do Livro Mórmon estão genuinamente diferentes da tradição textual do Velho Mundo dada pela Bíblia Sagrada.

Um olhar mais atento a estas duplicatas dos textos de Isaías, na verdade, fornece-nos um testemunho adicional da autenticidade do Livro de Mórmon

Alguns críticos questionam a presença de versículos de Isaías no Livro de Mórmon. Eles costumam afirmar que muitos versos do Livro de Mórmon foram copiados da Bíblia do Rei Jaime, o que em sua opinião faz com que ele seja uma fraude. Embora isso possa parecer ser verdade ao leitor leigo do Livro de Mórmon, um olhar mais atento a estes textos duplicados na verdade, fornece-nos um testemunho adicional da autenticidade do Livro de Mórmon. [2]

Os 21 capítulos de Isaías que são citados (capítulos 2-14, 29, 48-54) quer parcial ou totalmente, representam cerca de um terço do livro de Isaías, mas menos de dois e meio por cento do total do Livro de Mórmon. Podemos observar também que mais da metade de todos os versos citados de Isaías (234 de 433) diferem da versão da Bíblia disponível para Joseph Smith. [3] O Livro de Mórmon, aparentemente, segue o texto do original do Rei Jaime (Massorético) quando transmite o significado original.

Muitas vezes encontramos diferenças nos escritos de Isaías do Livro de Mórmon que divergem dos textos modernos. [4] Um verso (2 Néfi 12:16), não é apenas diferente, mas acrescenta uma nova frase: "... E a todos os navios do mar...". Essa adição, que não é encontrada na versão do Rei Jaime, é vista somente na versão grega da Bíblia (Septuaginta), que foi traduzida para o Inglês pela primeira vez em 1808 por Charles Thomson. [5] Tal tradução era "raro para a época."[6]

É também significativo que os capítulos de Isaías citados no Livro de Mórmon (capítulos 2-14 e 48-54) são aqueles que os estudiosos modernos concordam amplamente corresponder de perto à coleção original de Isaías e, portanto, teriam sido a versão mais provável de ter existido nos dias de Leí. [7] Poderia Joseph Smith saber disso? Se Joseph ou qualquer outra pessoa realmente tentou plagiar o Livro de Mórmon, os críticos falharam em provar a origem dos 93% restantes do Livro de Mórmon (o total remanescente quando todos os textos semelhantes à Bíblia são removidos). Um livro de escritura 100% não-bíblico não teria sido muito mais difícil de produzir.


Hugh Nibley: "Quanto as passagens ‘retiradas na íntegra da Versão do Rei Jaime’, primeiramente devemos nos perguntar ‘Como citar uma escritura se não integralmente?’"

O estudioso SUD Hugh Nibley escreveu o seguinte em resposta a uma carta enviada ao editor da seção Church News do Deseret News. Sua resposta foi impressa no Church News, em 1961: [8]

[Um dos] argumento[s] mais devastador[es] contra o Livro de Mórmon era o de que ele realmente citava a Bíblia. Os primeiros críticos ficaram simplesmente chocados com a incrível estupidez de incluir grandes partes da Bíblia em um livro que, segundo eles, foi projetado especificamente para enganar o público leitor da Bíblia. Eles gritavam 'blasfêmia' e 'plágio' a plenos pulmões, mas hoje qualquer estudioso da Bíblia sabe que seria extremamente suspeito se um livro que pretendesse ser o produto de uma sociedade de emigrantes devotos de Jerusalém nos tempos antigos não citasse a Bíblia. Nenhuma escrita religiosa desse tamanho vinda dos hebreus poderia concebivelmente ser genuína se não fosse cheia de citações bíblicas.

... Para citar um outro escritor de Christianity Today [revista],[9] "retiradas na íntegra da Versão do Rei Jaime," como citado, não só do Antigo Testamento, mas também no Novo Testamento.

Quanto às passagens "retiradas na íntegra da Versão do Rei Jaime", devemos primeiramente perguntar: "Como citar uma escritura se não integralmente?" E por que alguém citando a Bíblia para leitores americanos de 1830 não seguiria a única versão da Bíblia conhecida?

Na verdade, as passagens bíblicas citadas no Livro de Mórmon, muitas vezes diferem da versão do Rei Jaime, mas se esta for correta, há mil razões para segui-la. Quando Jesus e os Apóstolos ou, por exemplo, o Anjo Gabriel, citam as escrituras do Novo Testamento, eles recitam de alguma cópia misteriosa do texto? Citam-nos em sua forma mais original? Será que eles dão as suas próprias versões inspiradas? Não, eles não o fazem. Eles citam a Septuaginta, uma versão grega do Antigo Testamento preparada no século III aC. Por quê? Porque esta era a versão padrão da Bíblia aceita pelos leitores do Novo Testamento grego. Quando "os homens santos de Deus" citam as escrituras, o fazem sempre na versão padrão aceita pelas pessoas para as quais eles estão se dirigindo.

Nós não reivindicamos que a versão do Rei Jaime da Septuaginta seja o original das escrituras - na verdade, ninguém na Terra hoje sabe onde as escrituras originais estão ou o que dizem. Homens inspirados em todas as épocas estão contentes em receber a versão mais aceita pelas pessoas com quem eles trabalham, com o Espírito dando correção onde correção for necessária.

Uma vez que o Livro de Mórmon é uma tradução, "com todas as suas falhas", para o inglês para as pessoas de língua inglesa cujos pais por gerações não conheceram outras escrituras senão a Bíblia no inglês padrão, seria sem sentido e confuso apresentar-lhes escrituras de qualquer outra forma, contanto que seus ensinamentos estivessem corretos.

O que é considerado uma séria investida contra o Livro de Mórmon hoje é que ele, sendo um livro escrito muito antes da época do Novo Testamento e do outro lado do mundo, na verdade cita o Novo Testamento! É verdade, é o mesmo Salvador falando em ambos, e o mesmo Espírito Santo, e por isso podemos esperar as mesmas doutrinas na mesma língua.

Mas o que dizer da passagem "Fé, Esperança e Caridade" em Moroni 7:45? Sua semelhança com 1 Coríntios 13 é inegável. Esta passagem em particular, recentemente apontada pelo ataque da [revista] Christianity Today, é realmente uma daquelas coisas que acabam por ser uma demonstração impressionante do Livro de Mórmon. Toda essa passagem, que os estudiosos rotularam como "o Hino à Caridade", foi mostrada no início deste século por um número de investigadores de primeira linha trabalhando de forma independente (A. Harnack, J. Weiss, R. Reizenstein) como não tendo se originado de forma alguma com Paulo, mas datar de uma fonte ainda mais antiga, mas desconhecida: Paulo está apenas citando-a a partir do registro.

Agora acontece que outros escritores do Livro de Mórmon também foram curiosamente inspirados em citar a partir do registro. Capitão Moroni, por exemplo, lembra seu povo de uma antiga tradição sobre as duas peças de vestuário de José, dizendo-lhes uma história detalhada que eu encontrei apenas no [th 'Alabi da Pérsia,] um comentário de mil anos de idade a respeito do Velho Testamento, uma obra ainda não traduzida e totalmente desconhecida para o mundo de Joseph Smith. Então eu não vejo como uma refutação, mas como uma confirmação da autenticidade do Livro de Mórmon quando tanto Paulo quanto Moroni citam de um escrito em hebraico, outrora conhecido, mas que agora está perdido.

Agora, com respeito [a] questão: "Por que Joseph Smith, um jovem fazendeiro americano do século XIX, traduziu o Livro de Mórmon para o Inglês do século XVII da Versão do Rei Jaime, em vez de em uma linguagem contemporânea?”

A primeira coisa a notar é que a "linguagem contemporânea" das pessoas do campo da Nova Inglaterra há 130 anos não estava tão longe da do Inglês da Versão do Rei Jaime da Bíblia. Mesmo os escritores da Nova Inglaterra das gerações posteriores, como Webster, Melville e Emerson, recorrerem em seus períodos mais impressionantes aos "tus e teus" em suas passagens mais sublimes.

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Além disso, o Livro de Mórmon é repleto de escrituras, e para o mundo dos dias de Joseph Smith, a versão do Rei Jaime era a Escritura como já observamos; grandes seções do Livro de Mórmon, portanto, tinham de ser escritas na linguagem da versão do Rei Jaime - e o que dizer do resto? Essas são escrituras também.

Pode-se pensar em um monte de argumentos para a utilização do inglês da Versão do Rei Jaime no Livro de Mórmon, mas a mais clara vem de experiência muito recente. Na década passada, como é sabido, certos textos não bíblicos antigos, descobertos perto do Mar Morto, foram traduzidos por leitores americanos modernos e contemporâneos. Abro aleatoriamente a tradução de um estudioso protestante contemporâneo dos Manuscritos do Mar Morto, e o que eu li? "Porque tua é a batalha, e pela força da tua mão seus cadáveres serão espalhados sem enterro. Golias, o hitita, um homem valoroso, fizeste entregar na mão do teu servo Davi".[10]

Obviamente, o homem que escreveu isto conhecia a Bíblia, e não devemos esquecer que antigos escribas eram conscientemente arcaicos em sua escrita, de modo que, provavelmente, a maiorias das escrituras foram escritas em linguagem antiquada desde o dia em que foram escritas. Apagar esse estilo antigo solene pelo mais recente uso cotidiano é traduzir falsamente.

De qualquer forma, o professor Burrows, em 1955 (e não 1835!), recorre naturalmente e sem desculpas para a linguagem da Bíblia King James. Ou tomemos um erudito moderno judaico que propositalmente evita arcaísmos em sua tradução dos pergaminhos para os leitores americanos modernos: "Todas as coisas estão inscritas diante de Ti em um registro de recordações, para cada momento do tempo, para os ciclos infinitos do ano, em suas diversas vezes nomeadas. Nenhuma das coisas está escondida, nada falta da tua presença. "[11] Professor Gaster, também, cai sob o feitiço da nossa linguagem religiosa. [Um exemplo mais recente do mesmo fenômeno no século XXI é discutida]aqui.]

Por francamente usar esse linguajar, o Livro de Mórmon evita a necessidade de ter que ser refeito em "inglês moderno" a cada trinta ou quarenta anos. Se as placas fossem traduzidas pela primeira vez hoje, elas ainda assim seriam traduzidas no inglês da versão do Rei Jaime!“.


Notas

  1. See A. Melvin McDonald, Day of Defense (Sounds of Zion Inc., 2004[1986]), 49. ISBN 188647253X.
  2. Michael Hickenbotham, Answering Challenging Mormon Questions: Replies to 130 Queries by Friends and Critics of the LDS Church (Horizon Publishers & Distributors, 1995),193–196. ISBN 0882905368. ISBN 0882907786. (Key source)
  3. See Book of Mormon note to 2  Nephi 12:2
  4. See also Kirk Holland Vestal and Arthur Wallace, The Firm Foundation of Mormonism (Los Angeles, CA: The L. L. Company, 1981), 70–72. ISBN 0937892068.
  5. The implications of this change represent a more complicated textual history than previously thought. See discussion in Dana M. Pike and David R. Seely, "'Upon All the Ships of the Sea, and Upon All the Ships of Tarshish': Revisiting 2 Nephi 12:16 and Isaiah 2:16," Journal of Book of Mormon Studies 14/2 (2005): 12–25. off-site PDF link wiki For earlier discussions, see Gilbert W. Scharffs, The Truth about ‘The God Makers’ (Salt Lake City, Utah: Publishers Press, 1989; republished by Bookcraft, 1994), 172. Full text FAIR link ISBN 088494963X.; see also Milton R. Hunter and Thomas Stuart Ferguson, Ancient America and the Book of Mormon (Kolob Book Company, 1964),100–102.; Hugh W. Nibley, Since Cumorah, 2nd edition, (Vol. 7 of the Collected Works of Hugh Nibley), edited by John W. Welch, (Salt Lake City, Utah : Deseret Book Company ; Provo, Utah : Foundation for Ancient Research and Mormon Studies, 1988),129–143. ISBN 0875791395. GospeLink (requires subscrip.)
  6. "Thomson's Translation," Wikipedia (accessed 11 Feb 2015) off-site
  7. Hugh W. Nibley, Since Cumorah, 2nd edition, (Vol. 7 of the Collected Works of Hugh Nibley), edited by John W. Welch, (Salt Lake City, Utah : Deseret Book Company ; Provo, Utah : Foundation for Ancient Research and Mormon Studies, 1988),142–143. ISBN 0875791395. GospeLink (requires subscrip.)
  8. Church News, 29 July 1961: 10, 15. Reprinted in Hugh W. Nibley, The Prophetic Book of Mormon (Vol. 8 of the Collected Works of Hugh Nibley), (Salt Lake City, Utah : Deseret Book Company ; Provo, Utah : Foundation for Ancient Research and Mormon Studies, 1989), 214–18. ISBN 0875791794. GospeLink (requires subscrip.) [Nibley's first edition of Since Cumorah cites such sources as R. Reitzenstein, in Nachrichter v. d. kgl. Ges. d. Wiss. zu Gottingen (1916): 362, 416, and 1917 Heft 1, pp. 130-151, and Historische Zeitschrift 116 (DATE?), pp. 189-202. A von Harnack, in Journal of Biblical Literature 50 (1931), pp. 266ff; cf. Alf. Resch, "Der Paulinismus u. die Logia Jesu," in Texte u. Untersuchungen. N. F. 13 (1904).]
  9. Nibley is responding to Wesley P. Walters, "Mormonism," Christianity Today 5/6 (19 December 1960): 8–10.
  10. Nibley is quoting Millar Burrows, The Dead Sea Scrolls (Michigan: Baker, 1955; reprinted 1978), 1:397.
  11. Nibley is quoting Theodore H. Gaster, The Dead Sea Scriptures (New York: Doubleday, 1964), 136.