Pergunta: E se a "vara da natureza" era de fato um objeto físico, como uma varinha de condão?

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Pergunta: E se a "vara da natureza" era de fato um objeto físico, como uma varinha de condão

Deus permitiu que Oliver a utilizasse como uma ferramenta para receber orientação espiritual.

Se nós presumimos, para fins de argumentação, que a revelação do Livro de Mandamentos de 1829 se referia a uma vara física, é útil considerar apenas o que foi dito a Oliver:

A primeira revelação de Oliver Cowdery ordenou-lhe que pusesse de lado o mundo e construísse o reino restaurado: "Não busque riquezas, mas sabedoria, e eis que os mistérios de Deus te serão revelados e então serás enriquecido. Eis que é rico aquele que tem a vida eterna." (D&C 6:7) Seja qual for o uso prévio que Oliver tenha feito de seu "dom de trabalhar com a vara," esta revelação o dirigiu para o tesouro celestial. De fato, este primeiro mandamento se refere a nada mais que um poder especial: "Teu dom" é "sagrado e vem do alto." É definido como a habilidade de "inquirir" e "conhecer os mistérios que são grandes e maravilhosos." Assim, Oliver é ordenado a " exercer seu dom para que desvendes mistérios, para que leves muitos a conhecerem a verdade, sim, para convencê-los do erro de seus caminhos." Assim, seu dom de conhecimento da salvação conduzirá ao "maior de todos os dons", o "dom da salvação" (D&C 6:10-13).
A revelação inicial de Oliver finaliza com a ordem de buscar "tesouros" celestes por auxiliar a trazer à luz, com o seu dom, com teu dom, as partes de minhas escrituras que foram escondidas por causa de iniqüidade." (D&C 6:27). A revelação sobre o dom da vara provavelmente seguiu-se em cerca de uma semana.

Seguiu com o tema de aprender verdades antigas através de tradução: "Lembra-te, este é teu dom." (D&C 8:5). E poderia ser exercido através da crença "receberás conhecimento concernente a gravações de velhos registros" (D&C 8:1) Então, uma segunda promessa foi feita:

Agora, isto não é tudo, pois tens um outro dom, que é o dom de trabalhar com a vara. Eis que a ti tem dito coisas. Eis que nenhum outro poder existe, a não ser o poder de Deus, que pode fazer com que esta vara da natureza funcione em suas mãos, pois é a obra de Deus. Portanto, tudo o que perguntar-me por este meio, lhe concederei e aquilo saberás
Mas havia limites estritos para esta promessa: "Não trates essas coisas levianamente; não peças o que não deves. Pede que te seja concedido conhecer os mistérios de Deus e que possas traduzir e receber conhecimento de todos os registros antigos(...)"
Dessa forma, a "vara da natureza" nas mãos de Cowdery seriam meios de receber revelação sobre doutrinas. [1]

Assim, a alteração que descreve a "vara" como "o dom de Aarão" esclarece a intenção do Senhor e explica como Oliver e Joseph entendiam o assunto. A vara de Aarão era um instrumento de poder, porém apenas quando o "Senhor" a revelou e o instruiu a usar. Tal perspectiva não é em nada semelhante com as conecções de "ocultismo" o qual críticos tentam estabelecer:

D&C 8 aprova a vara apenas para informações sagradas. Sugere também a vara que demonstrou o poder de Deus nas pragas do Egito, partindo uma rocha por água ou chamando a força dos guerreiros de Israel. Aquela vara possuía um eixo reto, o cajado de pastor possuído por Moisés em seu chamado (Êx 4:2-4). Utilizado por Moisés e Aarão, era de fato a "vara de Deus" e também de Moisés, mas formalmente chamada de "vara de Aarão". Funcionava como um sinal visível de autoridade, assim como o "cetro" de Judá era um sinal de realeza divina na benção de Jacó ou o cajado de Elias, segurado pelo servo que foi em seu nome. Assim, a revisão de 1835 do "dom de Aarão" sugerem que o poder espiritual de Oliver de auxiliar Joseph Smith era como o de Aarão ajudando Moisés. [2]

Como Dallin H. Oaks declarou:

Deve se reconhecer que tais ferramentas como o Urim e Tumim, Liahona, Pedra Vidente e outros artigos tem sido utilizados apropriadamente em tempos bíblicos, do Livro de Mórmon e em tempos modernos por aqueles que possuem o dom e autoridade de obter revelação de Deus em conexão com o seu uso. Ao mesmo tempo, registros escriturísticos e experiência pessoal demonstra que pessoas não autorizadas, embora bem intencionadas, tem feito uso inapropriado de objetos tangíveis enquanto procuram ou alegam receber orientação espiritual. Aqueles que utilizam mágica folclórica utilizando qualquer uso de objetos tangíveis como maneira de ajudar no recebimento de orientação espiritual, confundem o real com o falsificado. Eles enganam a si mesmos e a seus leitores.[3]

Notas

  1. "Mature Joseph Smith," 235.
  2. "Mature Joseph Smith," 235.
  3. Dallin H. Oaks, "Recent Events Involving Church History and Forged Documents," Ensign (October 1987), 63. off-site